muximba, o coração sempre permanece criança,
espetáculo de Giradança (RN)

Nesta dança, nos propomos mergulhar em um universo de fabulação que imagine e reinvente o nosso passado mais distante. Estamos tentando criar, no presente, o movimento que deu origem às diferenciações e a complexa vida terrestre.

Esta nave-planeta-coração que viaja sem tempo, do futuro que jamais chegará ao passado de onde nunca partiu, faz vibrar, em pulso constante e sereno, a diversidade das vidas pré-humanas. Ela nos convida a habitar, vestir um outro tempo: o tempo da contemplação, dos pequenos gestos, de outro modo de vivenciar o lúdico e de outras belezas.

VISITA APAE
4/9, segunda, 9h
fechamento da mostra CERRADO ABIERTO

MUXIMBA
3/9, domingo, 16h30
no Parque das Nações Indígenas, entrada Kadiwéu (Rua Antônio Maria Coelho)

O coração ancestral dará movimento a tudo o que existe no aqui e agora, comporemos juntes esta ciranda não-bípede. A Gira girará mais uma vez, mas agora inclinando-se ao gigante e expansivo universo da neurodiversidade. O oculto ganhará atenção, o invisível também se tornará visível, o típico e o atípico se reposicionarão no movimento espiralar desta terra que fabulamos com e para gente neurodivergente.

Nesta retomada, encantaremos o mundo outra vez ao devolver a arte ao chão, ao piso comum das relações entre coisas humanas e não-humanas dentro do universo da infância, para que possamos ser-estar num mundo capaz de nos admitir e dar sim ao que somos. As coisas se afetam mutuamente, desde as tempestades solares aos ruídos abissais das baleias. A dança acontece aqui, nesta paisagem flutuante onde a diferença é o coração do mundo.